sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sobre a minha Série Cupins, comentou a crítica de arte Maria da Gloria Sá Rosa

Depois de ter pintado o boi de todas as formas, Humberto Espíndola decidiu ultimamente retratá-lo numa linguagem minimalista sintética. Escolheu para essa série de experiências o cupim bovino. Com isso projetou-se além do tempo, nessa capacidade que têm os artistas de engolir os minutos a fim de precipitar o futuro com o qual se identificam. Surgiram formas que fogem da imagem corriqueira do boi. Isolados em closes, os cupins agora lembram criaturas encapuzadas, com raízes no momento atual. Os bois viram personas encobertas, mulheres envolvidas em burcas, o que confere a essa fase a presença do sagrado. Uma vez mais na obra de Humberto Espíndola, o boi é motivo de abordagem de problemas atuais.


2 comentários:

  1. Meu amado amigo e grande Mestre Humberto , amei essa sua nova e evolucionista solução de minimizar o seu boi...ou focalizá-lo aproximando o foco na sua semblante para se tornar efectiva
    contemporaneidade que a gente vive,realmente viram até figuras encobertas de véu...e sei da sua grande espiritualidade que voa alta...
    talvez algo ancestral? que conseguimos ler entrelinhas?
    o espaço vem tomado da traços fortes e firmes sem deixar de lado a essência desse boi que sobressai magicamente a tela em uma maneira elegante e refinada com as cores que se fundem magicamente na harmonia total ...te deixo aqui a minha grande admiração e a minha amizade eterna, beijos Mató (Maria Pia Tedesco)

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  2. ‎..ouso tomar o olhar do artista emprestado e, pela primeira vez, "vejo" um cupim bovino não apenas como aquele "monte" no lombo do boi, mas com "n" possibilidades de olhares que vão até aonde nossa alma consegue atingir...pena que esse olhar de artista seja privilégio de poucos...mas, para meu consolo, a porta de minha sala aqui do Palácio Paiaguas se abre para o mural criado por vc.!

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